The Gladiator Frog, Bokermannohyla ibitiguara, is a hylid endemic to the Brazilian Cerrado with a complex call composed of long and short notes. We describe the influence of male size and temperature on call properties and investigate the social contexts of the different notes of the call through direct observations and playback experiments conducted in the field. The dominant frequency correlated negatively with male body size, whereas the duration of the long note correlated positively; there was no correlation between pulse rate and male body size. Air temperature correlated negatively with the duration of the long note and positively with pulse rate. Playback experiments with males indicated that they did not change the proportion of long to short notes in the presence of an intruder (= playback), but rather, they changed the short notes, which became longer, with a lower dominant frequency and more pulses with variable intervals. We interpreted this call as an aggressive call. Our results suggest that females may choose males based on dominant frequency and duration of the long note, traits that might be under sexual selection. Moreover, short notes appear to be the territorial component of the mixed call, and the aggressive call is a variation of this component.

Bokermannohyla ibitiguara é um hilídeo endêmico do Cerrado brasileiro que possui um canto complexo, composto de notas longas e curtas. Neste estudo, descrevemos a influência do tamanho do macho e da temperatura do ar nas propriedades acústicas do canto, investigando também os contextos sociais das diferentes notas através de observações diretas e experimentos de playback conduzidos no campo. O tamanho do macho correlacionou-se negativamente com frequência dominante do canto e positivamente com duração da nota longa; não houve correlação com taxa de pulsos. A temperatura do ar correlacionou-se negativamente com duração da nota longa e positivamente com a taxa de pulsos. Os experimentos de playback mostraram que machos não alteram a proporção de emissão de notas curtas e longas na presença de um intruso (= playback); ao invés disso, machos modificam as notas curtas, tornando-as mais longas, com frequência dominante mais baixa e com mais pulsos com intervalos variáveis. Nós interpretamos tal canto como sendo o canto agressivo. Nossos resultados sugerem que, potencialmente, as fêmeas podem escolher os machos avaliando a frequência dominante do canto e a duração da nota longa, características que podem estar sob seleção sexual. Além disso, as notas curtas parecem ser o componente territorial do canto misto, sendo o canto agressivo uma variação de tal componente.