It is crucial to understand how Neotropical leaf-nosed bats select fruits, because their choices strongly affect the seed dispersal process, especially of pioneer plants. We tested the hypothesis of hierarchical fruit selection by phyllostomid bats at the levels of the bat genus and species by combining a literature database with field experiments. Considering our database for the whole Neotropics, Artibeus bats focus on Ficus (Moraceae) and Cecropia (Cecropiaceae), Carollia bats on Piper (Piperaceae), and Sturnira bats on Solanum (Solanaceae). Results from a field experiment in Brazil corroborated those preferences, because bats of those 3 genera selected 1st the fruits of their preferred plant genera, even when secondary fruits were offered in higher abundance. In another field experiment in Panama, we observed that 2 sympatric Carollia species, although focusing on the same plant genus, prefer different Piper species. Literature records for the whole range of the 2 Carollia species show that they have strongly nested diets. Our findings corroborate the hypothesis that frugivorous phyllostomids do not forage opportunistically, and, moreover, segregate their diets hierarchically at the genus and species levels.

É crucial entender como morcegos filostomídeos neotropicais selecionam frutos, porque as escolhas deles influenciam fortemente o processo de dispersão de sementes, especialmente de plantas pioneiras. Testamos a hipótese de seleção hierárquica de frutos por morcegos filostomídeos nos níveis do gênero e espécie de morcegos, através de uma combinação de um banco de dados e experimentos de campo. Considerando o nosso banco de dados para toda a região Neotropical, morcegos Artibeus focam em Ficus (Moraceae) e Cecropia (Cecropiaceae), morcegos Carollia em Piper (Piperaceae) e morcegos Sturnira em Solanum (Solanaceae). Os resultados de um experimento de campo no Brasil corroboraram essas preferências, pois morcegos desses 3 gêneros selecionaram os frutos dos seus gêneros preferidos em primeiro lugar, até mesmo quando frutos secundários foram oferecidos em maior abundância. Em outro experimento de campo no Panamá, observamos que 2 espécies simpátridas de Carollia, apesar de focarem no mesmo gênero de plantas, preferem espécies de Piper diferentes. Registros da literatura para toda a área de distribuição geográfica dessas duas espécies de Carollia mostram que elas têm dietas fortemente aninhadas. Nossas descobertas corroboram a hipótese de que filostomídeos frugívoros não forrageiam de maneira oportunista e, além disso, segregam suas dietas hierarquicamente nos níveis do gênero e da espécie.