Climate change and habitat loss have been identified as the main causes of species extinction. Forest regeneration and protected areas are essential to buffer climate change impacts and to ensure quality habitats for threatened species. We assessed the current and future environmental suitability for the maned sloth, Bradypus torquatus, under both future climate and forest restoration scenarios, using ecological niche modeling. We compared environmental suitability for two Evolutionarily Significant Units (ESUnorth and ESUsouth) using two climate change scenarios for 2070, and three potential forest regeneration scenarios. Likewise, we evaluated the protection degree of the suitable areas resulting from the models, according to Brazilian law: PA—Protected Areas; PPA—Permanent Protection Areas (environmentally sensitive areas in private properties); and LR—Legal Reserves (natural vegetation areas in private properties). Finally, we calculated the deficit of PPA and LR in each ESU, considering the current forest cover. Forest regeneration might mitigate the deleterious effects of climate change by maintaining and increasing environmental suitability in future scenarios. The ESUnorth contains more suitable areas (21,570 km2) than the ESUsouth (12,386 km2), with an increase in all future scenarios (up to 45,648 km2 of new suitable areas), while ESUsouth might have a significant decrease (up to 7,546 km2 less). Suitable areas are mostly unprotected (ESUnorth—65.5% and ESUsouth—58.3%). Therefore, PPA and PA can maintain only a small portion of current and future suitable areas. Both ESUs present a high deficit of PPA and LR, highlighting the necessity to act in the recovery of these areas to accomplish a large-scale restoration, mitigate climate change effects, and achieve, at least, a minimum forested area to safeguard the species. Notwithstanding, a long-term conservation of B. torquatus will benefit from forest regeneration besides those minimum requirements, allied to the protection of forest areas.
Mudanças climáticas e perda de habitat são comumente identificadas como as principais causa de extinção de espécies. A regeneração florestal e as áreas protegidas são essenciais para amortecer os efeitos das mudanças climáticas e garantir habitat de qualidade para espécies ameaçadas. Avaliamos a adequabilidade ambiental atual e futura para preguiça de juba. Bradypus torquatus, tanto sob mudanças climáticas quanto florestais. Comparamos a adequabilidade ambiental em duas unidades evolutivas significativas (UES norte e sul) usando dois cenários de mudança climática para 2070 e três cenários de regeneração florestal potencial. Avaliamos os modelos resultantes quanto ao seu grau de proteção, conforme a legislação brasileira: Áreas Protegidas (AP); Áreas de Proteção Permanente (APP—áreas ambientalmente sensíveis em propriedades privadas); e Reserva Legal (RL—áreas de vegetação natural em propriedades privadas). Por fim, calculamos o déficit de APP e RL em cada UES, considerando a cobertura florestal atual. A regeneração florestal poderá mitigar os efeitos perversos das mudanças climáticas, mantendo e aumentando a futura adequabilidade ambiental. O UESnorte concentra áreas mais adequadas (21.570 km2; UESsul = 12.386 km2), com aumento em todos os cenários futuros (até 45.648 km2 de novas áreas adequadas). Por outro lado, UESsul pode ter uma queda elevada em áreas adequadas (até 7.546 km2 a menos). As áreas adequadas são, em sua maioria, desprotegidas (UESnorte—65,5% e UESsul—58,3%). Ainda assim, APP e AP protegem apenas uma pequena parte de áreas adequadas atuais e futuras. Ambas as UES apresentam alto déficit de APP e RL, evidenciando a necessidade de atuar na recuperação dessas áreas para realizar restaurações em larga escala, mitigar os efeitos das mudanças climáticas e atingir, ao menos, uma área mínima de floresta para preservar a espécie. Contudo, uma conservação de longo prazo de B. torquatus se beneficiará da regeneração florestal além dos requerimentos mínimos, aliada à proteção de áreas florestais.